quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Asno (burro)







O asno (Equus asinus), chamado ainda de burro, jumento ou jegue, é um mamífero perissodátilo de tamanho médio, focinho e orelhas compridas, utilizado desde tempos pré-históricos como animal de carga. Os ancestrais selvagens dos asnos foram domesticados por volta de 5000 a.C., praticamente ao mesmo tempo que os cavalos, e desde então tem sido utilizados pelos homens como animais de carga e montaria.
Os asnos se classificam dentro da ordem dos Perissodáctilos, e à família dos Equídios, à qual também pertencem os cavalos, pertencendo ambos a um único gênero Equus.
Origens :
Sua origem está ligada a Abissínia, onde era conhecido como onagro ou burro selvagem.
O burro é, desde tempos remotos, simultaneamente utilizado no meio rural para auxiliar nas tarefas agrícolas e para transporte.
Há séculos que é feito o cruzamento entre burro e cavalo, de que resulta um híbrido denominado muar ou mu, com características de ambas as raças: robustez, capacidade de adaptação a caminhos acidentados e a meio ambiente adverso, docilidade; pernas mais longas e, portanto, maior velocidade, maior facilidade de treino.
Etimologia :
Burro (fêmea) amamentando filhoteBurro: O nome veio do latim burrus, que quer dizer vermelho. Acredita-se que foi daí que surgiu a crença de que burros são pouco inteligentes, pois, antigamente, os dicionários tinham capas vermelhas, dando a ideia de que os burros eram sedentos de saber. Outra história diz que numa moeda antiga tinha a imagem de um rei com uma cabeça enorme que não era esperto, que se associou com a cabeça resistente do burro. Porém, também pode ter surgido da lenda grega do rei Midas, que foi tolo ao ponto de contradizer a irrevogável palavra do deus Apolo, que foi castigado pelo deus, recebendo orelhas de burro.
Ofensa :
Em Portugal, tal como no Brasil, chamar burro a alguém é uma ofensa. Um indivíduo burro é um indivíduo pouco inteligente, estúpido, teimoso, ignorante, com pouco entendimento, sem conhecimento geral/criatividade.
Referências na literatura
Sancho Pança e seu asnoO antigo convívio com a espécie humana traz uma grande número de referências culturais na literatura e no folclore popular. As Fábulas de Esopo usam a figura do burrinho para representar os humildes. Apuleio tem uma obra intitulada O Asno de Ouro.
Foi por muito tempo o símbolo da ignorância, como em Sonhos de Uma Noite de Verão, de Shakespeare. Pinóquio é outro exemplo de fábula onde um menino mau é transformado num burrico.
Aparece diversas vezes na iconografia cristã, como na fuga para o Egito e no Domingo de Ramos, quando Jesus entrou em Jerusalém no lombo de um asno. Caim usou uma queixada de burro para matar Abel, segundo o Gênesis. Gostou? então ajude este blog a continuar ao clicar num dos anúncios (publicidade) disponíveis. Obrigado

domingo, 26 de setembro de 2010

Gineta







A gineta ou gineta-europeia (Genetta genetta) é uma das espécies de viverrídeos que podem ser encontradas actualmente na Europa, assim como as civetas. Está presente em Espanha, Portugal e França e parece expandir-se actualmente para norte e leste no continente. É também encontrada no Médio Oriente e em todo o continente africano, com excepção das zonas desérticas.

Crê-se que a sua presença na Europa seja recente e que tenha sido introduzida pelo homem de forma provavelmente involuntária, como mascote que se assilvestrou ou como simples clandestino em algum barco que tenha cruzado o Estreito de Gibraltar. Alguns autores apontam que a palavra «gineta» poderia proceder da palavra de origem árabe jinete (zenete), pois os muçulmanos que combatiam a cavalo durante a Reconquista adornavam a sua sela com peles deste animal. Supõe-se que os romanos tinham ginetas como mascotes, antes de os gatos domésticos serem importados do Egipto.

Pelo seu aspecto exterior, a gineta assemelha-se a um gato grande de pelo amarelado a grisáceo salpicado de manchas negras no corpo e faixas transversais na cauda, que tem o pelo mais longo. O corpo pode chegar aos 55-60 centímetros, comprimento igual ou superior ao da cauda. A altura na cernelha é de 20 centímetros, e o peso oscila entre 1,2 e 2,5 kilogramas.

As ginetas são predadores nocturnos que vivem e caçam de forma solitária, ainda que tolerem a presença de outros indivíduos da mesma espécie nas redondezas. Ocasionalmente, as fêmeas colaboram na caça com as suas crias subadultas ou algum macho. Alimentam-se de insectos, mamíferos pequenos, lagartos e aves; por vezes ingerem também frutos, em especial figos. As fêmeas parem 2 ou 3 crias por ninhada numa concavidade de uma árvore, e atingem a maioridade com um ano de idade. Em liberdade vivem cerca de 10 anos, mas em cativeiro chegam aos 20. Não possuem autênticos predadores, ainda que por vezes possam ser caçadas por algumas aves de rapina. No norte de África são frequentemente domesticadas nas zonas rurais, onde, tal como os gatos, livram as casas de pequenos animais.

Vivem tanto em bosques como em campo aberto, e trepam bastante bem. Adaptam-se com facilidade a todos os tipos de meios graças à sua reduzida especialização. São muito semelhantes aos miácidos, os primeiros carnívoros que apareceram no Eoceno e deram lugar a todos os grupos actuais. As povoações europeias parecem estar a desenvolver uma cada vez maior resistência ao frio. Gostou? então ajude este blog a continuar ao clicar num dos anúncios (publicidade) disponíveis. Obrigado

sábado, 25 de setembro de 2010

Diabo da Tâsmania







O diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii) é um mamífero marsupial nativo da ilha da Tasmânia. Através do registro fóssil sabe-se que a espécie habitou também a Austrália, tendo-se extinguido no continente cerca de 400 anos antes da colonização pelos europeus. As causas do desaparecimento são desconhecidas mas pensa-se que tenha sido influenciado pela introdução do dingo.
O diabo-da-tasmânia é um animal de aparência robusta, com pelagem castanha excepto na zona do peito onde tem uma mancha branca. A cabeça é relativamente grande, com orelhas arredondadas e nariz afilado. Os músculos das mandíbulas são bastante poderosos e, juntamente com os dentes molares especialmente adaptados, permitem ao diabo esmagar ossos. O tamanho destes animais varia bastante consoante o habitat e dieta, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso. As fêmeas são normalmente maiores que os machos.
Esta espécie foi descrita pela primeira vez em 1807 pelo naturalista George Harris, que a classificou no género Didelphis. Richard Owen reviu a classificação em 1838, incluindo o diabo no género Dasyurus. Finalmente em 1841 foi-lhe atribuído um género próprio, Sarcophilus
Características de Reprodução :
A época de reprodução dos diabos-da-tasmânia situa-se anualmente em Março e resulta em ninhadas de 2 ou 3 crias que nascem em Abril, ao fim de 21 dias de gestação. Como na maior parte dos marsupiais, o resto do desenvolvimento dos juvenis faz-se no interior do marsúpio (a bolsa) neste caso durante os quatro meses seguintes. As crias saem pela primeira vez em Agosto-Setembro e tornam-se independentes em Dezembro. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos dois anos.
Hábitos alimentares :
Os diabos-da-tasmânia são predadores activos de wombats, wallabees e mamíferos placentários introduzidos (como o coelho), e ocasionalmente necrófagos. Em alturas de escassez podem também comer insectos, cobras e frutos. Estes animais contam sobretudo com a visão, o olfato e os bigodes para localizar o alimento. São animais diurnos e solitários mas encontram outros membros da sua espécie em torno de carcaças. Nesta circunstância são extremamente agressivos e envolvem-se em lutas que deixam cicatrizes profundas com frequência.As lutas são acompanhadas de barulhentas vocalizações como grunhidos, guinchos e latidos que contribuem para a fama de ferocidade do animal. Em condições de cativeiro, os diabos-da-tasmânia organizam-se num sistema altamente hierarquizado.
Com a extinção do tigre-da-tasmânia, o diabo tornou-se no predador de topo da cadeia alimentar no seu ecossistema, mas os juvenis podem ser caçados por águias, corujas e quolls. Estes animais têm um impacto positivo no seu habitat, no controlo de espécies introduzidas de lagomorfos e roedores e na remoção de carcaças em decomposição. Podem também ser prejudiciais ao Homem quando atacam rebanhos de ovelhas.
Habitat :
Os diabos-da-tasmânia habitam todas as regiões da ilha com preferência para florestas e são os maiores carnívoros marsupiais existentes na actualidade.
Distribuição Geográfica:
Tasmânia, talvez no Sul de Victória;
Atualidade:No passado foi caçado e envenenado pelos estragos causados ao rebanho e pela sua carne, que os colonos diziam ter sabor a vitela. A espécie foi protegida em 1941 e a partir daí a população recuperou-se.
Nos últimos anos, têm-se registrado perdas significativas para uma doença cancerosa que aparenta ser endémica nos diabos-da-tasmânia. Esta doença foi identificada em 1999 e causa tumores em torno da boca, sendo normalmente fatal por impedir a alimentação do animal.
Foram afectados 70% dos indivíduos desde 1996.
O modo de contágio ou propagação da doença permanece desconhecido e há evidências de que seja cíclica com um período de 70 a 100 anos. A epidemia atingiu proporções catastróficas, levando os conservacionistas a tomar medidas extremas como matar os animais que apresentem os estágios iniciais da doença, para evitar o contágio, e criar áreas fechadas com populações saudáveis nas ilhas ao largo da Tasmânia, de forma a permitir a reintrodução no caso da espécie ser erradicada da ilha principal no futuro próximo.
Em 2009, o seu estatuto de conservação, na Austrália passou de vulnerável para ameaçado,
Em 10 de março de 2010, cientistas australianos anunciaram a descoberta de uma colônia de diabos-da-tasmânia que se mostra imune ao câncer contagioso. A partir dessa descoberta, os pequisadores querem desenvolver uma vacina que combata a proliferação desse câncer.Gostou? então ajude este blog a continuar ao clicar num dos anúncios (publicidade) disponíveis. Obrigado

Ornitorrinco







é um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única espécie do gênero Ornithorhynchus . Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos existentes. A espécie é monotípica.
O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Esporões venenosos nas patas estão presentes nos machos e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana e o homem.



Distribuição geográfica e habitat
O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia, e Ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na Cordilheira do Monte Lofty.



A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperatura. A espécie é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual do ornitorrinco mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande parte de sua distribuição histórica



Características
O ornitorrinco tem um corpo hidrodinâmico e comprimido dorsoventralmente. Os membros são curtos e robustos, e os pés possuem membrana interdigital. Cada pé tem cinco dígitos com garras. A cauda é semelhante à de um castor. O focinho, que lembra um bico de pato, é alongado e coberto por uma pele glabra, macia, úmida e encouraçada; ele é perfurado sobre toda sua superfície por poros com terminações nervosas sensitivas. As narinas também se abrem no focinho, na sua metade dorsal superior, e estão posicionadas lado a lado. Os olhos e as orelhas estão localizados em um sulco logo após o focinho, esse sulco é fechado por uma pele quando o animal está sob a água. A idéia de que o ornitorrinco tinha um bico córneo como o das aves surgiu do exame de espécimes ressecados.Os órgãos olfatórios não são tão desenvolvidos quanto nas équidnas. E a espécie não tem orelhas externas ou pina.
Ficha técnica
Comprimento
30 - 45 cm
Cauda
10 - 15 cm
Peso
0,5 - 2,0 kg
Tamanho de ninhada
2
Período de incubação
10 dias
Desmame
3 - 4 meses
Maturidade sexual
2 anos
Longevidade
17 anos (em cativeiro)
Tanto o peso quanto o comprimento variam entre os sexos, sendo o macho maior que a fêmea. Há também uma variação substancial na média de tamanho de uma região a outra, esse padrão não parece estar relacionado a nenhum fator climático, e pode ser devido a outros fatores ambientais como predação e pressão humana.
O corpo e a cauda do ornitorrinco são cobertos por uma densa pelagem que captura uma camada de ar isolante para manter o animal aquecido. A coloração é âmbar profundo ou marrom escuro no dorso, e acinzentado a castanho amarelado no ventre. A cauda é usada como reserva de gordura, uma adaptação também vista em outros animais, como no diabo-da-tasmânia e na raça de ovelha, Karakul. As membranas interdigitais são mais proeminentes nos membros dianteiros e são dobradas quando o animal caminha em terra firme. Ornitorrincos emitem um rosnado baixo quando ameaçados e uma gama de outras vocalizações tem sido reportadas em cativeiro.
O ornitorrinco t1em uma média de temperatura corporal de cerca de 32 °C, ao invés dos 37 °C dos placentários típicos. Pesquisas sugerem que essa temperatura foi uma adaptação gradual as condições ambientais hostis, em parte pelo pequeno número de monotremados sobreviventes em vez de uma característica histórica da ordem
O espécime adulto não possui dentes, entretanto, os filhotes possuem dentes calcificados, pequenos, sem esmalte e com numerosas raízes; os três molares com cúspides presentes são pseudo-triangulados.[ Nos adultos, os dentes são substituídos por uma placa queratinizada tanto na mandíbula como na maxila, que cresce continuamente. O Ornithorhynchus possui algumas características craniais primitivas, entre elas a retenção das cartilagens escleróticas e do osso septomaxilar do crânio. No esqueleto pós-craniano, ocorre retenção das vértebras cervicais (rudimentares) e dos ossos coracóide e interclavicular da cintura escapular, condições essas que são similares aos répteis.
O macho tem esporões nos tornozelos, que produzem um coquetel venenoso, composto principalmente por proteínas do tipo defensinas (DLPs), que são únicas do ornitorrinco. Embora poderoso o suficiente para matar pequenos animais, o veneno não é letal para os humanos, mas pode causar uma dor martirizante e levar à incapacidade. Como somente os machos produzem veneno e a produção aumenta durante o período de acasalamento, é teorizado que ele seja usado como arma defensiva para afirmar dominância durante esse período.
Hábitos
Ornitorrincos são animais semiaquáticos e primariamente noturnos ou crepusculares. Quando não estão mergulhando em busca de alimento, descansam em buracos feitos nas margens dos rios e lagos, sempre camuflados com vegetação aquática. Há dois tipos de tocas, uma serve como abrigo para ambos os sexos e é construída pelo macho na época de acasalamento; a outra, geralmente mais profunda e elaborada, é construída pela fêmea e serve como ninho para a incubação dos ovos e cuidados pós-natais. As aberturas das tocas ficam acima da água, e se estendem sob as margens de 1 a 7 metros acima do nível da água e até por 18 metros horizontalmente. O território dos machos tem cerca de sete quilômetros, sobrepondo a área de três a quatro fêmeas.
É um excelente mergulhador e gasta boa parte do dia procurando por comida sob a água. Singularmente entre os mamíferos, ele se impulsiona ao nadar alternando remadas com as duas patas dianteiras; embora todas as quatro patas do ornitorrinco tenham membranas, as traseiras (mantidas contra o corpo) não auxiliam na propulsão, mas são usadas para manobrar em combinação com a cauda. Os mergulhos normalmente duram cerca de trinta segundos, mas podem durar até mais, não excedendo o limite aeróbico de quarenta segundos. Dez a vinte segundos são gastos para retornar à superfície.
Sobre a longevidade, ornitorrincos selvagens já foram recapturados com onze anos e, em cativeiro, a espécie vive até dezessete anos. A taxa de mortalidade, em adultos, na natureza é aparentemente baixa. Os predadores naturais incluem aves de rapina, serpentes0, além de cães, gatos, raposas-vermelhas e o homem. A introdução da raposa-vermelha como predadora do coelho pode ter tido um impacto na população de ornitorrincos na Austrália. Um baixo número de ornitorrincos na região norte de Queensland pode ser devido a presença do crocodilo-poroso (Crocodylus porosus).
Hábitos alimentares e dieta
Possui hábitos alimentares carnívoros, se alimentando de anelídeos, larvas de insetos aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujos, lagostins de água doce e pequenos peixes, que ele escava dos leitos dos rios e lagos com seu focinho ou apanha enquanto nada. As presas são guardadas nas bochechas a medida que são apanhadas, e quando um número suficiente é reunido, ou quando é necessário respirar, ele retorna a superfície para comê-las. A mastigação é feita pelas placas córneas que substituem os dentes, e a areia contida junto com o alimento serve de material abrasivo, ajudando no ato de mastigar.
O animal precisa comer 20% do seu peso todos os dias, esse requerimento faz com que ele gaste 12 horas por dia procurando por comida. Em cativeiro, ele chega a comer metade do seu peso em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos.
Reprodução
A espécie exibe uma única estação de acasalamento, que ocorre entre junho e outubro, com algumas variações locais. Observações históricas, estudos de marcação e recaptura, e investigações preliminares de genética populacional indicam a possibilidade de membros transitórios e residentes na população e sugerem um sistema de acasalamento polígeno. Ambos os sexos se tornam sexualmente maduros no segundo ano de vida, mas algumas fêmeas só se reproduzem com quatro anos ou mais tarde. Todos os monotremados apresentam baixa taxa reprodutiva - não mais do que uma vez ao ano
Após o acasalamento, a fêmea constrói um ninho, mais elaborado que a toca de descanso, e o bloqueia parcialmente com material vegetal (que pode ser um ato de prevenção contra enchentes ou predadores, ou um método de regulação de temperatura e umidade). O macho não participa da incubação, nem do cuidado com os filhotes. A fêmea forra o ninho com folhas, junco e outros materiais macios, para fazer uma cama confortável.
A fêmea do ornitorrinco tem um par de ovários, mas somente o esquerdo é funcional. Ela põe de um a três ovos (geralmente dois) pequenos, de aspecto semelhante ao dos répteis (pegajosos e com uma casca coriácea), com cerca de onze milímetros de diâmetro e ligeiramente mais arredondados que o das aves. Em proporção, os ovos dos monotremados são muito menores, na ovulação, do que os dos répteis ou aves de tamanho corpóreo similar. Os ovos se desenvolvem "no útero" por cerca de 28 dias, e são incubados externamente por cerca de dez a doze dias.
Ao contrário da équidna, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los. O período de incubação é separado em três fases. Na primeira, o embrião não tem órgãos funcionais e depende da gema para sua manutenção. Durante a segunda, há formação dos dígitos, e na última, há a formação dos dentes, que vão ajudar a romper a casca do ovo.
Os filhotes recém eclodidos são vulneráveis, cegos, e pelados, com cerca de 18 milímetros de comprimento, e se alimentam do leite produzido pela mãe. Embora possua glândulas mamárias, o ornitorrinco não possui mamas. O leite escorre através dos poros na pele, depositando-se em sulcos presentes no abdômen da fêmea, permitindo os filhotes lamberem-no.A amamentação ocorre por três a quatro meses. Durante a incubação e a amamentação, a fêmea somente deixa o ninho por curtos períodos de tempo para se alimentar. Quando sai, a fêmea cria inúmeras barreiras com solo e/ou material vegetal para bloquear a passagem do túnel que leva ao ninho, evitando assim o acesso de predadores, como serpentes e o roedor, Hydromys chrysogaster. Depois de cinco semanas, a mãe começa a passar mais tempo fora do ninho, e por volta dos quatro meses, os filhotes já emergem da tocaGostou? então ajude este blog a continuar ao clicar num dos anúncios (publicidade) disponíveis. Obrigado

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Suricata







Descrição:suricata
Nome Científico: Suricata suricatta
Ordem: Carnivora
Família: Herpestidae
Distribuição e habitat: Encontram-se no Sul de África, em estepes semiáridas.
Notas descritivas:



O corpo é esguio, o focinho pontiagudo e possuem manchas negras em torno dos olhos. A pelagem é castanha e apresenta riscas negras na parte terminal do dorso; a extremidade da cauda é negra. Possuem, ainda, longas garras, nas patas dianteiras.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de insectos (principalmente larvas de escaravelhos e de borboletas); também ingerem milípedes, aranhas, escorpiões, pequenos vertebrados (répteis, anfíbios e aves), ovos e matéria vegetal. São relativamente imunes ao veneno das najas e dos escorpiões, sendo estes, inclusive, um dos alimentos que mais apreciam.
Comportamento: São diurnas e muito sociáveis. Saem dos abrigos assim que o dia começa a aquecer e procuram alimento na sua proximidade, sob pequenas rochas ou escavando junto de raízes. É, também, frequente serem vistas a apanhar sol junto à entrada das tocas ou erguidas sobre as patas traseiras a farejar o ar. Têm sempre sentinelas que avisam os restantes elementos do grupo da aproximação de um predador terrestre ou aéreo. Vivem em colónias familiares de 10 a 15 indivíduos, geralmente (embora possam atingir as três dezenas de animais). Cada colónia é constituída por duas a três unidades familiares, sendo cada uma, por sua vez, formada por um casal adulto e a respectiva descendência. As suricatas abrigam-se num complexo sistema de túneis subterrâneos. O sistema de túneis é escavado pelas próprias suricatas (com o auxílio das fortes garras das patas dianteiras), mas é muitas vezes partilhado com mangustos-amarelos (Cynictis penicillata) e esquilos-terrestres africanos (Xerus sp.). As suricatas são dominantes e, por vezes, hostis para com estes últimos. Os abrigos subterrâneos das suricatas medem, normalmente, cinco metros de diâmetro, possuem 15 orifícios de entrada e consistem em dois ou três níveis de túneis, que descem até cerca de 1,5 metros de profundidade e se interligam por câmaras com perto de 30 cm de diâmetro; em zonas rochosas, os animais aproveitam os orifícios naturais. Cada colónia pode possuir cinco abrigos subterrâneos e mais de uma centena de pequenos refúgios, distribuídos por uma área de 15 km2. Os grupos podem deslocar-se 6 km por dia, usando diferentes abrigos subterrâneos para dormir. As suricatas defecam, normalmente, em latrinas comunitárias. São territoriais e marcam as vizinhanças das tocas com fezes e secreções das glândulas anais. Os contactos entre diferentes grupos podem ser bastante conflituosos. Pelo contrário, os elementos de cada grupo são muito amistosos: “abraçam-se” e cuidam mutuamente da pelagem com frequência. Apesar de existir alguma especialização dos elementos de cada grupo nas várias áreas, tais como, a segurança, a defesa, a marcação de território, o “baby-sitting” e a liderança, existe também uma enorme entreajuda e uma regular rotatividade de tarefas, que os indivíduos aceitam tranquilamente. As suricatas estão em comunicação constante entre si e possuem várias vocalizações, inclusive sons diferentes para predadores aéreos e terrestres. São relativamente dóceis para com o Homem, sendo muitas vezes mantidas em quintas, na África do Sul, como caçadoras de roedores.
Reprodução: A reprodução dá-se de Agosto a Novembro e de Janeiro a Março (durante a estação húmida); em cativeiro, pode ocorrer em qualquer altura do ano. O acasalamento é precedido de pequenas “dentadas” amistosas no focinho. O período de gestação é de 77 dias, após as quais nascem duas a cinco crias (normalmente três a quatro). Pensa-se que cada fêmea tem apenas uma ninhada por ano. As crias nascem no interior do abrigo subterrâneo e aí permanecem durante as primeiras semanas de vida, ao cuidado de um adulto (nunca a mãe, que tem de procurar alimentar-se para conseguir amamentar). Só abrem os olhos aos 10 a 14 dias de idade e o período de amamentação dura sete a nove semanas. Quando as crias saem do abrigo, mantêm-se muito juntas e para esse fim emitem constantes “vocalizações de contacto”. A mãe ensina-as a comer incitando-as a morder os alimentos que ela segura com os dentes. No entanto, todos os elementos do grupo participam na nutrição das crias, trazendo-lhe os alimentos mais “macios” que conseguem encontrar. Atingem a maturidade sexual com um ano de idade.Gostou? então ajude este blog a continuar ao clicar num dos anúncios (publicidade) disponíveis. Obrigado




Estatuto de conservação e factores de ameaça:



A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza).

sábado, 4 de setembro de 2010

Tigre-de-Bengala







Poderoso e astuto, o tigre é o animal de maior porte e o mais pesado da família dos felinos e muito temido por outros animais e humanos. Este mamífero tem o clássico pêlo cor-de-laranja e preto. Faz a patrulha do seu território e gosta de caçar sozinho, persegue a sua presa e mata-a em emboscadas. Tem uma força enorme consegue abater animais muito maiores que ele próprio. Existia na Ásia, o tigre está agora restringido a pequenas áreas da Índia e países vizinhos.

Ordem: Carnívoro
Género: Pantera
Família: Felinos
Espécie: Panthera tigris tigris
Localização: A maioria dos tigres de Bengala vivem na Índia, e uma menor parte em Bangladesh, Nepal, Butão e Myanmar Ocidental (Burma). O tigre branco é uma variante de cor do tigre de bengala e é muito raro encontrá-lo em liberdade.
Estado: Em vias de extinção
Unidade social: individual
Comprimento: 1,4 – 2,8 m
cauda: 60 cm – 1 m
Peso: até 220 kg
Maturidade sexual: macho- 3-4 anos; fêmea – 4-5 anos
Época de acasalamento: Novembro a Abril
Período de gestação: 95 – 112 dias
Número de crias: 2 – 4
Dieta: Veado, búfalo, javali, gauro e macaco
Longevidade: Até 26 anos em liberdade.

Excelente caçador :
Um tigre depende da sua astúcia para poder apanhar a sua presa. Tem uma visão e uma audição muito apuradas que o ajudam a localizar os animais durante as noites escuras. Estes animais conseguem caçar outros de grande porte como os veados e javalis, que serão a sua alimentação de vários dias. Movimentam-se à volta das suas presas invisíveis e só atacam quando estas estão a menos de 20 m. Os tigres matam as suas presas mordendo a parte traseira do pescoço ou garganta destas, arrastam-nas para a densa mata para as poderem comer. Depois de saciados escondem a carcaça com folhas, de modo a poderem continuar a sua refeição mais tarde. Os tigres machos podem comer até 40 kgs de carne numa única refeição.

O Acasalamento :
Os tigres-macho atraem as fêmeas com rugidos e marcações de cheiros. Ao longo de dois dias apenas, um casal de tigres é capaz de se acasalar até 100 vezes. A fêmea dá à luz a suas crias numa caverna. Cria-as sozinha, amamentando-as até estas atingirem os seis meses de idade. As crias aventuram-se para fora das cavernas e começam a comer carne quando atingem as oito semanas de idade. À medida que as crias crescem, a fêmea terá de caçar mais frequentemente, mas nunca se afastando demais. As crias estão preparadas para caçar sozinhas quando tiverem um ano de idade, mas continuam junto da mãe até terem dois anos de idade.

A água na sua vida :
Os tigres gostam muito de água e é frequente vê-los tomar banho ou refrescarem-se em rios e poças de água durante a parte mais quente do dia. Quando fazem a perseguição das suas presas o tigre pode mergulhar na água. Estes animais gostam de caçar à noite e descansar durante o dia. A maior parte dos tigres vive sozinho, apesar de, por vezes, as mães com crias pequenas ou jovens tigres gostarem de caçar em grupo. Um tigre-macho pode Ter dominado um território com uma área de até 100 km2, definindo as suas fronteiras com marcações de cheiro, excrementos ou marcas de arranhões em pedras ou árvores. A comunicação entre os tigres é feita através de rugidos ou de gemidos. A defesa do seu território, contra os machos rivais é feita ferozmente, apenas toleram a entrada de algumas fêmeas de menor porte.

Em vias de extinção :
O número de tigres de bengala diminuiu drasticamente, neste último século, passou de 100 000 para os 4 000. Uma das principais ameaças é a perda do seu habitat, que foi sendo destruído pelo Homem. A caça ilegal, a diminuição de presas e o comércio de partes do tigre para o fabrico de medicinas orientais, também contribuíram para a extinção deste bonito animal. Grande parte dos tigres de bengala existem em áreas protegidas da Índia. Em muitos países foram organizadas equipes de combate à caça ilegal e está em vigor uma lei que proibição ao comércio de produtos provenientes do tigre. Para que os cientistas consigam seguir os tigres na selva, administram-lhe um sonífero e colocam-lhe um colar-rádio.

Curiosidades:



As riscas do tigre são uma camuflagem excelente quando contra manchas de luz e sombra. Gostou? então ajude este blog a continuar ao clicar num dos anúncios (publicidade) disponíveis. Obrigado